segunda-feira, outubro 26, 2009

POESIA - GERAÇÃO PÓS 1945


"Fiz sempre poesia como uma luta em busca do sentido das coisas, do sentido da própria vida e da literatura e, ao mesmo tempo, como a necessidade de resgatar a experiência da vida, de não deixar que ela se perca." Ferreira Gullar


"Creio que uma das bases da minha poesia sempre foi [...] essa coisa visual. Sempre achei que a linguagem, quanto mais concreta, mais poética. Palavras como melancolia, amor, cada pessoa entende de uma maneira. Se usar palavras como maça, pedra ou cadeira, elas invocam imediatamente ao leitor uma reação sensorial." João Cabral de Melo Neto


Atividade:


Navegar na internet procurando investigar nos sites como a poesia da geração pós 1945 é apresentada e quais os principais comentários feitos acerca dessa produção poética. Procure visitar o site http://www.poesiaconcreta.com.br/ e entender como concretismo surgiu e, de que maneira ainda, é produzido hoje. Depois responda:


1. E que medida o concretismo inovou a poesia. Quem são as maiores expressões desse tipo de produção poética?


2. Como se dá o trabalho poético que cruza várias linguagens, concomitantemente, e quais seus efeitos de sentido?


3. A poesia concreta ainda é atual? Onde podemos percebê-la em nossa sociedade?


4. Qual a importãncia da produção literária de João Cabral de Melo Neto e Ferreira Gullar? Em que medida suas produções refletem o engajamento político e ideológico?


5. De que forma, ainda hoje, a poesia desses autores influenciam o modo de pensar de nossa sociedade?


5 comentários:

Anderson_01_Helder_14_83D disse...

rua rua rua sol
rua rua sol rua
rua sol rua rua
sol rua rua rua
rua rua rua

Ronaldo Azeredo

Esse é um poema concreto. Para comunicar, uso o ideograma (sinal que exprime as ideias e não os sons), rompendo com o verso e a sintaxe tradicional. Não há sujeito, não há predicado. O poema todo é elaborado com substantivos concretos, abolindo o verso e os sinais de pontuação. O apelo do poema é visual. E ele comunica o movimento do sol, da aurora ao ocaso, sobre uma cidade.
Esse poema materializa a concepção poética dos concretistas que, a partir da década de 1950, diziam que a poesia tradicional, baseada no verso, não mais combinava com as exigências do mundo moderno. A comunicação visual se incorpora mais com a época do cinema, da televisão, da propaganda e da comunicação de massa.
No poema acima, o ideograma, a repetição sonora, a aliteração e a assonância se fazem por si mesmos, isto é, “o poema concreto é uma realidade em si, não um poema sobre”. “É o emprego do som, da letra, da página, da cor, da linha, enfim, do que existe de acústico e de visual na disposição dos vocábulos”.

Fernando_09,Renata_27 - 83D disse...

"Vida,sem destino sempre escorrendo entre os dedos nada podemos fazer tão veloz,sem piedade onde parar? Não sabmos."

Essa poesia é um tanto criativa, pois o autor utilizou a forma geométrica de um ponto de interrogação exatamente para dar a idéia de que não sabemos nada sobre a vida.
Ele brinca com as questões sem respostas de nossas vidas. O autor representa de forma descontraída e verdadeira a nossa incapacidade de prever, ou conter, coisas, fatos, o tempo e até a nossa própria vida.

Anônimo disse...

83D
Guilherme viega nº11
Lucas Souza nº24

"Todo o poema é uma aventura planificada"

Em síntese, os criadores do concretismo defendiam um experimentalismo poético (planificado e racionalizado) que obedecia aos seguintes princípios:

- Abolição do verso tradicional, sobretudo através da eliminação dos laços sintáticos (preposições, conjunções, pronomes, etc.), gerando uma poesia objetiva, concreta, feita quase tão somente de substantivos e verbos;

- Um linguagem necessariamente sintética, dinâmica, homóloga à sociedade industrial (“A importância do olho na comunicação mais rápida... os anúncios luminosos, as histórias em quadrinhos, a necessidade do movimento....”);

- Utilização de paronomásias, neologismos, estrangeirismos; separação de prefixos e sufixos; repetição de certos morfemas; valorização da palavra solta (som, forma visual, carga semântica) que se fragmenta e recompõe na página;

Conclui-se então que o poema transforma-se em objeto visual, valendo-se do espaço gráfico como agente estrutural: uso dos espaços brancos, de recursos tipográficos, etc.; em função disso o poema deverá ser simultaneamente lido e visto.

Anônimo disse...

O concretismo utilizado nas poesias pós-modernistas inova por valorizar a forma e a comunicação visual, sobrepondo ao conteúdo. Logo a linguagem geométrica e visual são enfoque.
Liderado por três poetas. Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos.
A fim de elaborar um poema concreto utiliza-se a sonoridade das palavras. A disposição delas no texto que
pode de repente
anormal
ser. Gerando “uma vista” diferente da que temos quanto à estrutura do poema.
Dando uma forma geométrica particular ao mesmo.
Atualmente é comumente empregada em propagandas. Principalmente pelo fato de chamar a atenção. Podendo ser observada em outdoors, faixas, comercias de televisão, panfletos, sites dentre outros meios de comunicação.
Devemos reconhecer a importância que João Cabral de Melo Neto e Ferreira Gullar e suas respectivas obras tivera à literatura brasileira, visto que suas poesias foram usadas como base para o desenvolvimento do concretismo.
As obras desses dois autores também possuem um fundo político e ideológico. Visto que tentam expor as dificuldades da vida nordestina. O êxodo rural existente no norte brasileiro causado principalmente pela miséria e a pobreza. Ambos construíram poesias sociais, expondo e criticando a sociedade existente.
Nossa sociedade ainda constata as dificuldades relatadas por eles, muitas das quais não possuem previsão de serem sanados pelo governo brasileiro. Toda a dificuldade e a vida árdua encontrada no sertão ainda existem. Fazendo com que essas obras literárias pareçam ter sido escritos nos dias atuais.

Numero 06 turma 83c

Anônimo disse...

Nº: 05 Turma: 83C/53A

O concretismo foi uma importante corrente de vanguarda da nossa literatura e influenciou poetas, artistas plásticos e músicos com seus movimentos de caráter agressivo e experimental que rompiam os padrões da arte tradicional.
Esse movimento começou em 1956 e foi liderado por três poetas: Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos.
Os poetas concretos pregavam: o fim da poesia intimista e o desaparecimento do eu - lírico acreditavam que a poesia é fruto de um trabalho mental e de esforço que implica em refazer o texto várias vezes até que ele atinja a sua forma mais adequada; e não, fruto de sentimentos e emoções, a linguagem geométrica e visual, pregavam o fim do verso e da sintaxe tradicional.
Brincavam com as formas, cores, decomposição e montagem das palavras. Recorreram ao Futurismo e ao Cubismo e deram continuidade a certas experiências formais usadas por Murilo Mendes, Drummond e João Cabral de Melo Neto.
A poesia concreta procura misturar o som, o visual e a poesia. Os poetas se utilizam da sonoridade e a grafia das palavras para criar uma poesia não alinhada, mas sim com movimento.
Nos poemas há a repetição sonora, a aliteração e a assonância que causam um ritmo conforme se lê o poema. O poema concreto é uma realidade em si, é o emprego do som, da letra, da página, da cor, da linha, enfim, do que existe de acústico e de visual na disposição das palavras.
Nos dias atuais podemos perceber as características do concretismo de 1945 em slogans, e propagandas de empresas em que normalmente percebe-se frases curtas, movimento do texto quando se faz a leitura, sonoridade do conjunto de palavras ou frases. Eles se fazem usar desse método para fazer com que à marca, o slogan a ser mostrado se fixe na mente do consumidor.
Ferreira Gullar e João Cabral de Mello Neto foram importantes para essa produção literária, pois suas obras serviram de base para se criar a poesia concreta devido ao engajamento político e ideológico que apareciam em suas obras como, por exemplo, podemos citar a retirada do nordestino do sertão para o litoral do estado em que ele habita.
Nos dias atuais eles nos ajudaram a refletir mais sobre a dura vida do retirante, sobre questões sociais que em tempos atrás nós não nos importávamos ou não dávamos a devida importância.