domingo, fevereiro 24, 2008


POEMAS DE ALMEIDA GARRETT E SOARES DE PASSOS SÃO INTERPRETADOS PELOS ALUNOS DO SEGUNDO ANO DE INFORMÁTICA DO CTI.




Na última semana foram iniciados os estudos sobre o Romantismo em Portugal. Na produção literária da época foram escolhidas duas poesias para serem interpretadas pelos alunos "Este inferno de amar" do escritor Almeida Garrett e "O noivado do sepulcro" de Soares de Passos.


Em Portugal e no mundo Almeida Garrett destacou-se por participar ativamente em movimentos políticos, tais como, a Revolução de 1820; por ter sido o precursor do romantismo em Portugal e por sua obra marcada por traços de tradição clássica, como o formalismo, o vocabulário culto, o racionalismo e a contenção das emoções e que irá encontrar a maturidade romântica apenas no gênero lírico por volta de seus 50 anos de idade. Teve dois casamentos, em que viveu uma nova e profunda paixão e que o fez retomar a poesia, produzindo suas melhores obras poéticas: Flores sem fruto (1845) e Folhas Caídas (1853). Nessa fase apresenta uma poesia confessional, marcada por sentimentos nitidamente românticos: desejo, remorso, sensualismo, sofrimento e saudade. A linguagem tornou-se mais simples e popular, os versos mais melodiosos, os sentimentos mais espontâneos.

Para conhecer mais sobre o poeta é interessante navegar pelo blog de estudantes portugueses que fizeram um vídeo em comemoração aos 150 anos de morte do poeta Almeida Garrett e perceber como os jovens portugueses vêem e sentem a obra do autor. O link para o blog é http://cybertecks.blogs.sapo.pt/. Faça uma visita, veja o vídeo, deixe seu comentário e estabeleça uma conexão entre o jovens brasileiros e os portugueses.

0 escritor Soares de Passos marcou presença na segunda geração romântica, suas obras foram permeadas pela constante presença da morte, da solidão, e de uma visão liberal-burguesa. Para saber refletir sobre repercussão da poesia deste escritor visite o blog Profetiza Morta de uma jovem portuguesa de 18 anos de nome Hannah, link http://profetizamorta.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_06.html. Em 24 de junho de 2004 Hannah colocou um post com o poema "O noivado do sepulcro", em que recebeu 14 comentários. Navegue pelo blog e reflita sobre por quê um escritor tão antigo ainda é apreciado por jovens, qual o prazer estético tal poema promove e qual sua opinião sobre isso.


A leitura da literatura só tem sentido quando podemos refletir sobre o que lemos e discutir, trocar idéias sobre o efeito de sentido da obra e como esta transforma nossa maneira de pensar, agir e transformar o mundo.

13 comentários:

Guilherme Angelo disse...

Guilherme Augusto Monatanari Angelo nº07

Os jovens portugueses percebem que no poema de Almeida Garrett há um amor em que ele não pode vivencia-lo já que ela é cassada, por isso ele sofre com essa situação que é difícil para ele, isso faz com que os jovens da atualidade se indentifiquem com ele ,pois os jovens estão em uma fase em que também passam por dificuldades que podem estar relacionadas ou não com o amor, no poeme "Este inferno de amar" ele mostra como ele sofria em amar alguém que era casada, então ele vivia um segredo com a mulher que ele amava, nesse contexto há de certo modo muito interesse para o jovem, porque é um assunto que atrai esse público, tanto por ser uma fase da vida das pessoas marcadas por novas experiências e a mudança de vida. Então ao ler esse poema o jovem se interessa pela história de Almeida Garrett que ele conta subjetivamente em seu texto, mostrando seus sentimentos e como ele sentia em relação à isso.

Felipee Cruz disse...

Lucas Fernando Falco n°20 82

No poema, está presente a fusão do grotesco e do sublime caracterizado pelo amor presente no corpo já morto que o faz reviver. O sentimentalismo está presente também como frustração por parte do amor ter acabado por parte da mulher após a morte, mas o do homem não, o que caracteriza a mulher intangível na idealização romântica.

Helder disse...

Helder Silva Lopes Moraes
n° 14

Este inferno de amar.
fica visivel neste poema que Almeida Garrett sofre por não poder estar com a mulher amada, uma vez que esta é casada e que a distancia entre eles torna a vida dele dificil e sofrida.
O noivado do sepulcro
Neste poema de Soares de Passos, vê-se a fusão do belo e do horrendo, unindo o amor entre duas pessoas à corpos mortos,
no poema tambem vê-se que o amor por parte da mulher acaba apos sua morte mas ñ por parte do homen , mostrando assim uma caracteristica do romantismo que mostra a mulher intangível na idealização romântica.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Elvis Henrique Moraes nº08 Turma:81A


No poema "Este inferno de amar" de Almeida Garret, há uma preocupação com rima métrica entre os versos, demonstrando sua característica neoclássica. Caracteriza-se o romantismo através da subjetividade do autor em relação ao amor ( "O é sofrimento"), também destaca-se o passado distante do sujeito poético, através de verbos como: era, vivi, foi, dormi que demonstram a saudade do passado, prazer no amor, dor provocada pelos conflitos;a contradição amor sensual e amor espiritual, que, não sendo exclusiva dos românticos, atinge na poesia um forte conflito: a supervalorização da mulher como ser fatal, anjo ou demônio.

Tiago Jose disse...

Tiago Jose da Silva Neto nº30 Turma: 82A


Este inferno de amar

O poema conta história de um homem que quando bota os olhos numa mulher, sua vida recomeça. Esse homem é consumido pelo amor, e a partir daí começa a sofrer pois ele não consegue se libertar desse amor que viveu no passado, por isso ele negativa o amor como uma coisa que consome a gente e não sai mais. O poema apresenta muito sentimentalismo, metáforas e rimas.

Otávio Jacobini disse...

Otávio Jacobini Affonso n° 26
82B/72B

Neste poema, Almeida Garret se mostra como uma pessoa que está sofrendo de amores por uma mulher já casada e algumas características desse poema como o eu poético como o centro das atenções e a abundância em sentimentalismo torna este poema um poema do romantismo

Anônimo disse...

Elvis nº08 82A

A LITERATURA É A ARTE QUE SE MANIFESTA PELA PALAVRA, SEJA ELA FALADA OU ESCRITA. Quanto à forma, o texto pode apresentar-se em prosa ou verso. Quanto ao conteúdo, estrutura, e segundo os clássicos, conforme a "maneira de imitação", podemos enquadrar as obras literárias em três gêneros:

· Lírico: quando um "eu" nos passa uma emoção, um estado; centra-se no mundo interior do Poeta apresentando forte carga subjetiva. A subjetividade surge, assim, como característica marcante do lírico. O Poeta posiciona-se em face dos "mistérios da vida". A lírica já foi definida como a expressão da "primeira pessoa do singular do tempo presente".(*)

· Dramático: quando os "atores, num espaço especial, apresentam, por meio de palavras e gestos, um acontecimento". Retrata, fundamentalmente, os conflitos humanos.(*)

· Épico: quando temos uma narrativa de fundo histórico; são os feitos heróicos e os grandes ideais de um povo o tema das epopéias. O narrador mantém um distanciamento em relação aos acontecimentos (esse distanciamento é reforçado, naturalmente, pelo aspecto temporal: (os fatos narrados situam-se no passado). Temos um Poeta-observador voltado, portanto, para o mundo exterior, tornando a narrativa objetiva. A objetividade é característica marcante do gênero épico. A épica já foi definida como a poesia da "terceira pessoa do tempo passado". Fonte bibliográfica 4

Esta divisão tradicional em três gêneros literários originou-se na Grécia clássica, com Aristóteles, quando a poesia era a forma predominante de literatura. Por nos parecer mais didática, adotamos uma divisão em quatro gêneros literários, desmembrando do épico o gênero narrativo (ou, como querem alguns, a ficção), para enquadrar as narrativas em prosa.(*)

Poderíamos reconhecer ainda o gênero didático, despido de ficção e não identificado com a arte literária; segundo Wolfang Kayser, "o didático costuma ser delimitado como gênero especial, que fica fora da verdadeira literatura".

Gênero Lírico

Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos. Por muito tempo, até o final da Idade Média, as poesias eram cantadas; separando-se o texto do acompanhamento musical, a poesia passou a apresentar uma estrutura mais rica. A partir daí, a métrica (a medida de um verso, definida pelo número de sílabas poéticas), o ritmo das palavras, a divisão em estrofes, a rima, a combinação das palavras foram elementos cultivados com mais intensidade pelos poetas.

Mas, cuidado! O que foi dito acima não significa que poesia, para ser poesia, precise, necessariamente, apresentar rima, métrica, estrofe. A poesia do Modernismo, por exemplo, desprezou esses conceitos; é uma poesia que se caracteriza pelo verso livre (abandono da métrica), por estrofes irregulares e pelo verso branco, ou seja, o verso sem rima. O que, também, não impede que "subitamente na esquina do poema, duas rimas se encontrem, como duas irmãs desconhecidas..."

Gênero Dramático

Drama, em grego, significa "ação". Ao gênero dramático pertencem os textos, em poesia ou prosa, feitos para serem representados. Isso significa que entre autor e público desempenha papel fundamental o elenco (incluindo diretor, cenógrafo e atores) que representará o texto.

O gênero dramático compreende as seguintes modalidades:

· Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era "uma representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror".(*)

· Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil, em geral criticando os costumes. Sua origem grega está ligada às festas populares, celebrando a fecundidade da natureza.(*)

· Tragicomédia: modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.(*)

· Farsa: pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que crítica a sociedade e seus costumes; baseia-se no lema latino Ridendo castigat mores (Rindo, castigam-se os costumes). (*)

Gênero Épico

A palavra "epopéia" vem do grego épos, ‘verso’+ poieô, ‘faço’ e se refere à narrativa em forma de versos, de um fato grandioso e maravilhoso que interessa a um povo. É uma poesia objetiva, impessoal, cuja característica maior é a presença de um narrador falando do passado (os verbos aparecem no pretérito). O tema é, normalmente, um episódio grandioso e heróico da história de um povo.

Dentre as principais epopéias (ou poemas épicos), destacamos:

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Ilíada e Odisséia (Homero, Grécia; narrativas sobre a guerra entre Grécia e Tróia).
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Eneida (Virgílio, Roma; narrativa dos feitos romanos)
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Paraíso Perdido (Milton, Inglaterra)
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Orlando Furioso (Ludovico Ariosto, Itália)
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Os Lusíadas (Camões, Portugal)
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Na literatura brasileira, as principais epopéias foram escritas no século XVIII:
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Caramuru (Santa Rita Durão)
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O Uraguai (Basílio da Gama)

Gênero Narrativo

O Gênero narrativo é visto como uma variante do gênero épico, enquadrando, neste caso, as narrativas em prosa. Dependendo da estrutura, da forma e da extensão, as principais manifestações narrativas são o romance, a novela e o conto. (*)

Em qualquer das três modalidades acima, temos representações da vida comum, de um mundo mais individualizado e particularizado, ao contrário da universalidade das grandiosas narrativas épicas, marcadas pela representação de um mundo maravilhoso, povoado de heróis e deuses.

As narrativas em prosa, que conheceram um notável desenvolvimento desde o final do século XVIII, são também comumente chamadas de narrativas de ficção.

· Romance: narração de um fato imaginário, mas verossímil, que representa quaisquer aspectos da vida familiar e social do homem. Comparado à novela, o romance apresenta um corte mais amplo da vida, com personagens e situações mais densas e complexas, com passagem mais lenta do tempo. Dependendo da importância dada ao personagem ou à ação ou, ainda, ao espaço, podemos ter romance de costumes, romance psicológico, romance policial, romance regionalista, romance de cavalaria, romance histórico, etc.(*)

· Novela: na literatura em língua portuguesa, a principal distinção entre novela e romance é quantitativa: vale a extensão ou o número de páginas. Entretanto, podemos perceber características qualitativas: na novela, temos a valorização de um evento, um corte mais limitado da vida, a passagem do tempo é mais rápida, e o que é mais importante, na novela o narrador assume uma maior importância como contador de um fato passado.(*)

· Conto: é a mais breve e simples narrativa centrada em um episódio da vida. O crítico Alfredo Bosi, em seu livro O conto brasileiro contemporâneo, afirma que o caráter múltiplo do conto "já desnorteou mais de um teórico da literatura ansioso por encaixar a forma conto no interior de um quadro fixo de gêneros. Na verdade, se comparada à novela e ao romance, a narrativa curta condensa e potencia no seu espaço todas as possibilidades da ficção".(*)

· Fábula: narrativa inverossímil, com fundo didático, que tem como objetivo transmitir uma lição moral. Normalmente a fábula trabalha com animais como personagens. Quando os personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe a denominação de apólogo. (*)

A fábula é das mais antigas narrativas, coincidindo seu aparecimento, segundo alguns estudiosos, com o da própria linguagem. No mundo ocidental, o primeiro grande nome da fábula foi Esopo, um escravo grego que teria vivido no século VI a.C. Modernamente, muitas das fábulas de Esopo foram retomadas por La Fontaine, poeta francês que viveu de 1621 a 1695. O grande mérito de La Fontaine reside no apurado trabalho realizado com a linguagem, ao recriar os temas tradicionais da fábula. No Brasil, Monteiro Lobato realizou tarefa semelhante, acrescentando, às fábulas tradicionais, curiosos e certeiros comentários dos personagens que viviam no Sítio do Picapau Amarelo.

fonte:http://www.regina.celia.nom.br/lit.1generos.literarios.htm

Anônimo disse...

Vivian Palomo n°32
72A-82A

No 1° texto mostra um valor clássico, retoma a poesia de Camões, há um amor contráditório, com uma característica diferente: o texto é escrito em 1° pessoa. As características são: subjetivismo, sentimentalismo marcado no saudosismo, sonho, metáforas, comparações,pessimismo,angústia,conflito,desequilíbrio,verso livre (sem escanssão e rima),entre outras.
Quanto á pontuação, há o uso do hífen nas perguntas.
No 2° texto mostra o ultra romantismo sendo levado ás últimas consequências com o baironismo: questão da morte. Une o grotesco com o sublime,pois há uma lamentação da pessoa amada que morreu pedindo para ela amá-lo mesmo após a morte.
Perecbe-se que a linguagem é de uma camada social mais elevada.
As características são: sentimentalismo, sofrimento amoroso, decepção, medievalismo, possui rima e métrica porque é cantada, texto simples, idealização da mulher, descrição detalhada, sinestesia, comparação,discurso livre (direto e indireto), entre outras características.

Danilo disse...

Danilo Anderson Pereira nº 06 Turma: 72A/82A

O poema “Este inferno de amar” retrata o sofrimento de um homem que idealiza uma mulher por quem está perdidamente apaixonado. Ele se vê perdido no amor que sente e não consegue se imaginar sem ela.
As características românticas são bem acentuadas, como o sentimentalismo, o subjetivismo, o sofrimento e o pessimismo. Além disso, é predominante a excessiva valorização do “eu”, gerando o egocentrismo.
No aspecto formal ocorre a retomada de Camões, apresentando comparações, metáforas e antítese (“Este inferno de amar...”). Observam-se também versos livres, sem metrificação, linguagem popular e a utilização de perguntas retóricas, transmitindo um sujeito conflituoso.

Gui Lima disse...

Guilherme Barduchi de Lima nº11

Nos poemas "esses inferno de amar”, as seguintes características românticas:
Subjetivismo: pois o escritor expressa a sua própria opinião sobre o amor.
Sentimentalismo: pois o amor é o tema central dos poemas.
Angústia: porque ele trata o amor como algo doloroso, do qual num a como se libertar.
Idealização da mulher como algo puro belo e difícil de ser alcançado.

Lucca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lucca disse...

Lucca Viersa Barros Silva Nº.:21-82B

Este inferno de amar

Percebemos características românticas como, a expressão do particular no próprio tema do poema, o apelo a imaginação e a sensibilidade presentes no poema inteiro, motivos populares (o amor), podemos perceber também a imagem sentimental que o autor passa do amor e da mulher.

O noivado do sepulcro

Há várias características românticas presentes no poema, como por exemplo, a falta de modelos, a versificação é livre, há particularidade quando ele fala do seu amor, inspiração na idade Média, presença constante da morte e do sombrio, como no próprio cenário, também quando o autor fala sobre fantasmas e tumbas. O autor passa sensibilidade, passando uma linguagem sentimental e subjetiva do amor, quando ele fala da amada que morreu e a libertação dela com a morte.